Foi com grande pompa que a vereação socialista publicitou as obras de requalificação nas escolas do 1º Ciclo do concelho. Algumas foram de fundo, outras nem tanto. Algumas passaram pela construção de raiz de mais salas, outras pela requalificação dos espaços externos.
Mas o ano escolar começou com inúmeros problemas que os responsáveis da CMO não assumem e escondem dos olhos públicos. Até se compreende em ano de eleições: tanta obra, tanto cimento e… tantos problemas. O que não se compreende é que ninguém, da dita oposição, se digne referir os enormes problemas que subsistem. Talvez considerem pormenores. Até os representantes dos pais se calam.
Mas vamos ao que interessa:
Por causa das novas instalações escolares, teve de se fazer ajustamentos nalgumas escolas. Turmas inteiras tiveram de ser partidas e separadas. Tudo em prol da legalidade, mas em desfavor dos alunos que se viram em muitos casos afastados dos seus colegas e também dos seus professores. Veja-se o que aconteceu na escola da cavalinha e na nova escola da Chasfa. Aqui, e porque as obras não terminaram em devido tempo, há várias turmas a terem aulas em contentores. E ninguém abre o bico, todos comem e calam. Responsáveis escolares, professores e, mais incrível ainda, os pais dos alunos. Alguém se importa? Aparentemente não. E nem parece haver garantias de que as obras acabem no final do ano civil. Alguns trabalhadores referem que a referida obra está para durar... A carga (os alunos) pronta e metida nos contentores... até quando?
Em todas as escolas do concelho, apesar das aulas já terem começado há mais de uma semana, ainda não começaram as Actividades de Enriquecimento Curricular. Porquê? Simplesmente porque a CMO não contratou atempadamente professores para as mesmas. Fossem outras as cores camarárias e já o Ministério da Educação através do seu braço armado DREAlg teria armado o maior escândalo e, certamente, feito enorme e pública pressão. Então e a escola a tempo inteiro? É só para autarquias não rosas? Parece que sim, por aqui ninguém responsabiliza os incompetentes.
Na escola do bairro dos pescadores, abriu-se a escola, mas a coisa esteve e está mal. Um aumento do número de turmas significativo sem o correspondente aumento de pessoal auxiliar. Não foi atempadamente comprado equipamento para as novas instalações. Pior. Retirou-se o que estava em uso nas antigas instalações, que estava em razoáveis condições de conservação, e como recurso puseram lá mesas e cadeiras tão degradas que parecem da 1ª República. Mas se não se tinha comprado móveis porque razão tiraram o que estavam lá?
Abriu-se o refeitório, mas sem pessoal colocado. Então quem dá a comida aos alunos? As professoras, essa classe profissional que a ministra da educação e o engenheiro 1º ministro tanto gostam de insultar. Mas nem têm equipamento apropriado para fazer o serviço. Ao que consta, a sopa é retirada das panelas com recurso a jarros de água. Enfim, espera-se que a ASAE não passe por lá...Pergunta-se por que é que as professores colaboram nesta comédia. Talvez por respeito aos alunos ou por medo de serem mal classificadas profissionalmente. Mais vale prevenir que remediar. É que o diretor do agrupamento João da Rosa e o adjunto responsável do 1º ciclo são candidatos do partido da rosa. respeitinho ao partido por causa dos tachos. Por isso fica tudo em família...
Na escola da cavalinha, onde já começaram as aulas há mais de uma semana, as máquinas ainda por lá se vêem. As campainhas não funcionam... paciência. Espera-se pacientemente à porta. Esta nova entrada para alunos e professores é um verdadeiro desafio de tão estreita que ficou. Mais de quatrocentos alunos a atravessar uma nesga de porta diariamente. Mas a escola ficou bonita, com aquelas dezenas de postes de ferro que seguram umas placas protetoras. Protetoras de quê? Não do sol, porque são transparentes e não fazem sombra. Antes pelo contrário, parece que fazem efeito de estufa e que quem pára por baixo coze em pouco tempo. Talvez protejam da chuva, quando não for batida pelo vento.
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